sexta-feira, 6 de novembro de 2009

hurt







A morte não é uma falha da ciência médica, mas o último ato da vida.





Se eu morrer. sobrevive a mim com tamanha força
que acordarás as fúrias do pálido e do frio,
de sul a sul, ergue teus olhos indeléveis,
de sol a sol sonha através de tua boca cantante.
Nãoquero que tua risada ou teus passos hesitem.
Não quero que minha herança de alegria morra.
Não me chames. Estou ausente.
Vive em minha ausência como em uma casa.
A ausência é uma casa tão rápida
que dentro passarás pelas parede
e pendurarás quadros no ar.
A ausência é uma casa tão tranparente
que eu, morto, te verei, vivendo,
e se sofreres, meu amor, eu morrerei novamente.





Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.

Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus dias.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais





Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.





Ê vida voa, vai no tempo, vai
Ah, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai

Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso

E o meu medo maior é o espelho se quebrar





Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela.
Se existe alma
Se há outra encarnação
Eu queria que a mulata
Sapateasse no meu caixão
Não quero flores
Nem coroa com espinho
Só quero choro de flauta
Violão e cavaquinho
Estou contente,
Consolado por saber
Que as morenas tão formosas
A terra um dia vai comer.
Não tenho herdeiros
Não possuo um só vintém
Eu vivi devendo a todos
Mas não paguei a ninguém
Meus inimigos
Que hoje falam mal de mim,
Vão dizer que nunca viram
Uma pessoa tão boa assim.





Seems like it was yesterday when I saw your face
You told me how proud you were
But I walked away
If only I knew What I know today
Ooh ooh

I would hold you in my arms
I would take the pain away
Thank you for all you've done
Forgive all your mistakes
There's nothing I wouldn't do to hear your voice again
Sometimes I wanna call you
But I know you won't be there

Ooh I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt myself by hurting you

Some days I feel broke inside
But I won't admit
Sometimes I just wanna hide
Cause it's you I miss
And it's so hard to say goodbye
When it comes to this ooh

Would you tell me I was wrong
Would you help me understand
Are you looking down upon me
Are you proud of who I am
There's nothing I wouldn't do to have just one more chance
To look into you eyes
And see you looking back

Ooh I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt myself

Ooh
If I had just one more day
I would tell you how much that I missed you since you've been away
Ooh
It's dangerous
It's so out of line
To try and turn back time

I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt myself by hurting you




A morte faz parte da vida, é a última coisa que fazemos. Ela é democrática, vem independente do que façamos ou de quem sejamos. É a única certeza que temos em vida. É natural.
Não deveria ser tão temida. Mas é.
Quando ela vem e pega a todos de surpreza nos deixa abalados, desolados e inconsoláveis. Não tem com evitar. Não há nada que possamos fazer, nada. Nada que se fale aos que ficam é suficiente. Nada diminui a dor.
Não tenho medo da morte, mas tenho muito medo de não ter feito o suficiente por ele em vida.
Não tenho medo de morrer. Sinto muito mais dor em trazer tamanha tristeza aos que gosto.
Tenho medo de ir sem ter falado que amo os me cercam, sem ter terminado o livro que estava lendo, o plano que estava tramando...
Não sinto pelos que vão, isso é inevitável. Sinto pelos que ficam, que terão que conviver com a ausência.
Não tenho medo do lugar pra onde vão, deve ser melhor que esse. Mas tenho medo de deixá-los ir sem antes ter falado um eu te amo, sem ter gasto um minuto com um abraço, um beijo.
Por isso brigas desnecessárias tem que ser evitadas, toda oportunidade que tiver de falar o quanto gosta deve ser aproveitada, todo momento agradável deve ser prolongado, tudo o que tiver de ser feito tem de ser agora, porque quando ela vier, não dá mais pra nada.
O que fica não é físico, são só as lembranças, então quero produzir o máximo possível de boas lembranças junto com os meus, pra quando for a hora eu estar preparada e com a consciência tanqüila de que fiz tudo o que podia.