sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Caminhos


Fui lobo, escoteira, guia, fui pioneira e agora sou chefona boladona. Sinto que finalmente, de alguma maneira estou retribuindo um pouco de tudo de bom que o escotismo trouxe para minha vida.
Já acerte, já errei, mas no final da jornada sempre aprendi.
Fiz colegas e amigos, formei uma nova e alegre família; Com pai e minha mãe e vários irmãos, algumas novas mães e uma tropa de filhos emprestados. Que sempre me ajudaram, me estenderam a mão quando eu estava perdida, riram e choraram comigo. Foi a família que eu escolhi e que me acolheu; e da qual nunca pretendo sair.
Sempre me senti amada.
Junto com eles aprendi a seguir fazendo o melhor possível para ser alguém melhor, para servir a mim, ao meu país e às outras pessoas; Superando sempre todos os desafios e os limites, recriando-os para em seguida superá-los novamente.
Um dia, há muito tempo fiz uma promessa que nunca esqueci e que a cada dia ganha mais significado. E dessa promessa construí um ideal de vida, um norte que aponta a direção quando me perco pelos muitos caminhos que aparecem. E é Deus quem protege essa minha promessa.
Meus mestres, meus exemplos, meus heróis são escoteiros que me mostraram a cada dia e todo o dia que é possível ser alguém melhor, que é possível tornar o mundo um lugar melhor, que as coisas podem dar certo, que é possível ter sucesso se fizermos sempre nosso melhor possível mesmo com todo o mal que nos rodeia. E que realmente vale a pena seguir pelo caminho mais difícil, o certo; apesar de o caminho errado tantas vezes parecer o melhor.
O que se leva da vida é a vida que se leva e graças ao escotismo tenho uma ótima bagagem comigo. Foi ele que me ensinou a valorizar o que realmente importa, o que realmente tem valor.
Com meu lenço marrom carrego o grande peso da responsabilidade de ser exemplo de retidão e de caráter e também um grande orgulho de pertencer a essa família. Todo amor por esse modo de vida cabe naquele pedaço de pano marrom.