Hotéis luxuosíssimos nas cidades e um incomensurável espaço vazio entre elas com eventuais vilas de 10, 20 casas de pau a pique com três meninos no quintal, uma mãe agarrada a um menor um ou outro animal e um pai provavelmente trabalhando fora das vistas.
Vegetação rasteira e muitas, muitas, muitas palmeiras. Açaí, que lá é juçara, buriti, coco, babaçu e carnaúba. O melhor suco que já provei: bacuri, que é branco com o sabor entre o cupuaçu e a lichia, delícia líquida.
Água verde e quente, um horizonte interminável. Ondas pequenas e incensáveis. Pó de mica fazendo a areia parecer pó de ouro brilhando com o sol. Areia fina. Dunas. Areia e areia por todos os lados. Rios de águas azuis, marrons e pretas.
O sol, no fim do dia, mergulha na imensidão de água, colorindo tudo de rosa, vermelho e laranja, diferente do sudeste, que o sol se esconde nas montanhas.
Um vento que não
para de soprar e cantar por todas as brechas e reentrâncias.
Cachorros, pássaros e jumentos no meio da rua.
Jangadas são as precursoras SUP.
Pessoas
simpáticas, prestativas e feias, em sua maioria. Pessoas sem vergonha de seus
corpos, pessoas que não inspecionam os corpos alheios com olhares julgadores. Pessoas
sem maldade. Uma sinceridade assustadora e sem pudores pra falar de si mesmo ou
dos outros, seja bom ou ruim. E pessoas que não ficam melindradas com a
sinceridade alheia. Sotaque lindo, charmoso, com várias palavras exclusivas, uma implicância inexplicável com a concordância verbal.
Vendedores nas
ruas, nas praias, nas calçadas, lojas, centros de artesanato, shoppings,
feiras... só manter contato visual por meio segundo que param três do seu lado. Total despreparo
do turismo.Ninguém aceita cartão!
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