Sem alternativas.
Sem saídas.
Sem opções.
E tudo o que eu faço é pra disfarçar, pra distrair, pra enganar um sentimento chato que só faz crescer, parece que dá metástases e de vez em quando, como hoje, dói, mas dói demais.
Todo o trabalho que a autoestima deixou de fazer aparece; E começo a crer em tudo de ruim que já me falaram; principalmente no que as pessoas que importam falam.
Há pouco tempo tento desenvolver um amor-próprio sem muito sucesso. E uma das coisas que faço é me convencer que tenho pontos positivos e que eles são mais importantes que os negativos. Daí fiz uma lista de coisas que já realizei na vida. Tipo estudar no CPII, me graduar na UFRJ, estar progredindo bem na carreira, dar cursos, dançar bem ou ter sido chefe dos meus jovens.
Em geral me dá ânimo. Mas hoje existir tá tão difícil que nem isso ajuda. Não consigo camiflar muito bem minha tristeza, mas hoje não teve máscara que disfarçasse nem minimamente.
Eu podia estar movimentando minha vida: estudando, arrumando meu quarto ou no forró dançando. Mas hoje não tenho forças. Mal enxergo entre os cílios encharcados!
Hoje não consegui driblar esse nó na garganta.
Hoje o beijo do meu amor não fez tocar sinos, não me senti num lar na minha casa, meus amigos não iluminaram meu dia, meu trabalho não soou interessante, dançar não fez minha mente desanuviar e meu corpo flutuar. Nem as lágrimas quentes rolando no rosto conseguiram tirar o peso que se aboletou no meu peito.
Não consegui superar e seguir com minha cisma de ser feliz. Hoje não deu pra criar um texto bonito, nem engraçado ou mesmo interessante.
Simplesmente hoje não
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