quarta-feira, 2 de abril de 2008

Espectativas


Qual é a cara da expectativa, da esperança?

Por quê temos tanto medo do desconhecido?

Sempre fui assim, medo de mudar de escola, medo de mudar de turma, medo de mudar de sessão no escoteiro.

Mas agora estou me deleitando, saboreando cada um desses momentos de nervosinho e expectativa.

Sempre temi o que vem adiante, mesmo sem motivo aparente.

Quando sai da tijuca para o centro achava que não me daria bem com as pessoas, que não acompanharia o nível das aulas, mas me dei foi muito bem. Mantive notas altas e encontrei minhas melhores amigas. Encontrei no centro uma família, colegas, direção, professores, todos hoje me querem bem e sabem que é recíproco.

Quando eu era lobinha não queria de modo algum passar pra tropa, vieram Tais e Stefanie me incentivar, passei no início fiquei muito cabreira, mas gostei muito.

Depois quando tive de parar de ser guia e passar a ser pioneira, lamentei, tentei me resignar mas na hora que escutei: “em certos momentos da vida temos...” não me contive o coração apertou e eu chorei.

Eu achava que detestaria o clã. Eu sou muito ativa, queria o agito da tropa sênior e não ficar morgando como eu achava que o clã ficava.

Mas a cada reunião, a cada atividade me surpreendo mais com o clã e os adultos do grupo. Quando somos chefe e criança a relação por mais amena e boa que seja não é como é agora. Tudo mudou parece que os chefes se mostraram como gente e não como figura de poder. Acho que eu esquecia que apesar de chefes responsáveis e blá blá blá eram jovens e a maioria ex-escoteiros. Fiquei muito feliz por ter o casal S2 como chefes.

O clã é uma família, uma delícia de se viver. Ainda não sei defini-lo bem, mas estou apaixonada por essa nova fase.

Nova fase tanto do escoteiro quanto da vida, vejo que encaro tudo de forma diferente e estou gostando muito.

Estou também ansiosa pela faculdade. Nossa, faculdade, é uma palavra que eu não esperava que saísse da minha boca tão cedo relacionada a mim. É estranho, vi os anos passando e a idade de ir pra faculdade chegando, mas quando chegou eu não tinha caído em mim ainda. E acho que ainda não cai, só quando eu chegar do trote é que eu vou finalmente entender que sou uma universitária.

To ansiosa em relação às matérias, ao meu desempenho, às minhas relações com os colegas e professores. Tudo me assusta um pouco.

Consegui um emprego. Em breve eu irei trabalhar como um bom e produtivo ser. Acho que me sairei muito bem, porque tem muito a ver comigo e não sou uma completa retardada. Fiquei tão feliz quando recebi o telefonema da diretora de RH. Senti-me ótima. Estou ansiosa para chegar tarde e cansada em casa, sentindo que fiz algo produtivo do meu dia. E mais ansiosa ainda para torrar meu salário no fim do mês.

Operei ontem minha mão pela ultima vez, agora espero só a fisioterapia junto com as boas notícias de uma melhora rápida.

Ansiosa e divertida também com meu novo amigo colorido.

Antes achava que ansiedade era ruim, mas estou adorando a expectativa. Acho que o fato de eu ser uma pocinha de otimismo também ajuda a levar tudo com humor e esperança.

Acho que isso me ajuda a ser feliz. Sei que coisas ruins acontecerão, mas faz parte da vida lidar com isso, e modéstia à parte, acho que sempre me saio muito bem das minhas quedas que não foram poucas até hoje.

Mas tenho o dom de ser feliz, coisas ruins acontecem, e sempre vão acontecer, mas eu sempre voltarei a ser feliz.

Estou em uma fase ótima da minha vida. E isso transparece na minha aparência. Pessoas felizes são mais belas, e pessoas mais belas são mais felizes, é um ciclo vicioso.

Feliz. Acho que na verdade sou o anão do conto de fadas que cresceu um pouco.

Ass: Anão Feliz da Branca De Neve.

4 comentários:

Juliana Valentim disse...

Anão?!
Que baum trabalhando em quê?

Muramoto disse...

Se você se chamar de anão de novo eu juro que pego um banquinho, subo nele e te dou um tapa!
A vida é isso, minha querida. Perde-se a esperança, a criança em sí, a fé, a inocência se acaba, você se dá conta do que realmente é você, e então tudo renasce numa explosão de sentidos! Daí é só sair da moldura e ir se completar no espaço!

Ayres. disse...

É...acho que vou chorar no dia que sair da tropa sênior!
Cara...já disse que é muito bom ver você feliz?
HAHA
Me deixa alegre...que bizarro!
É aquela história "minha alegria sustenta a de muitos". Acho que foi por isso [vc, anão!] que não fiquei mal em Magé.
Beijo
=*

Unknown disse...

O primeiro pq não tem acento...
Garanto que não vai dar nenhum trabalho torrar o salário /o/