quarta-feira, 24 de junho de 2015

Mar

Uma coisa é certa:
Praia faz bem em qualquer parte do mundo!
Recarrega as baterias. Limpa a alma. E traz novas energias pro corpo.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Impressões: Europa.


Vim pra cá com a espectava de não gostar tanto daqui. Sempre achei que a Europa ganhava mais crédito do que realmente merecia. Mas não é tão preto no branco assim.
Aqui tem muitas qualidades inegáveis. Que tornam a vida mais digna e bela. É muito bonito, arborizado, civilizado e pacífico. Têm-se acesso a serviços fundamentais de qualidade; escola, segurança, saúde, tudo!  O serviço público funciona. Tem espaço pra existir, ninguém vive se acotovelando ou perdendo tempo em filas.
Mas pessoas são, em geral, frias e distantes, pouco receptivas, porém civilizados e com um ótimo senso de coletividade. Eles se respeitam! Todos tem consciência ambiental. O lixo é reciclado. Não têm muitos sinais, pedestres passam na faixa e os carros param.
Não fazem questão de serem simpáticos. Cada um faz sua parte e pronto. Não têm simpatia, gentileza ou sorrisos sendo distribuídos gratuitamente.
Não existem negros aleatórios na rua.; indo pro trabalho, voltando da escola ou passeando. Existem alguns tentando trabalhar, como vendedores ambulantes basicamente. Claramente existem os brancos nativos, muçulmanas pedintes, africanos vendedores de bugigangas, indianos tentando te vender bilhetes e passes e turistas. Têm ruivos por todo canto, os 8% de ruivos do mundo estão aqui!
Não existe mistura, não existe muita diferença nos traços, na cor, na altura  ou no shape das pessoas. Cada nicho tem seu próprio fenótipo. 
Gordos existem, mas são raros de se ver. 
Meus deuses!!! Como europeu fuma! Não dá pra andar 5m na rua sem ter que passar dentro de uma nuvem de fumaça.
As pessoas não andam a pé, geralmente as calçadas não têm ninguém. Têm muitos cachorros, iguais tapetes velhos e mal-tratados.
Aqui é considerado o berço da moda, mas simplesmente porque ninguém parece ter medo de ser autêntico com a própria aparência, também não é visível o julgamento de terceiros. Adorei ver cabelos, roupas e maquiagens de todo o tipo desfilando juntas no meio da rua. Mesmo tendo muitas esquisitices.
Valorizam muito fontes e praças. Tem em quantidade e esplendor. Os nativos sabem que vivem em um lugar lindo, prezam e cuidam da própria cidade. Isso é lindo.
Aqui ninguém morre de sede, tem bebedouros por toda parte. Afinal o clima é seco. O nariz sangra, os lábios racham, a pele fica seca. 
O sol nasce em torno de 6:00 e se põe 21:00! Apolo se demora com sua biga por aqui.
Achei um charme os bondes e trens antigos e bem conservados transitando no meio de carrões. Não vi nem 5 guardas de trânsito em um mês!
Os doces são lindos e bem sem graça! Os legumes também. Carne tem gosto de papelão, e são estupidamente caros todos os derivados bovinos. Produtos primários em geral são de baixa qualidade.
Comer é caro. Se locomover é caro. Se vestir é caro. Artigos específicos são relativamente baratos. 
Os prédios, igrejas, castelos, ..., tudo é majestoso. E me lembra como o mundo já foi bem mais injusto do que é hoje. E as igrejas mais antigas, são cheias de referências pagãs que representam as outras religiões que foram fagocitadas. Se ergueram em cima da miséria do menos afortunado. Toda a grandiosidade que vi me fez mais descrente da religião e do homem.
Escravidão e miséria fizeram possível o velho continente ser o que é hoje. E incrivelmente a ideia permanece bem parecida, só um pouco maquiada. Mas isso não é ônus somente da Europa. Não tem um lugar do mundo que eu tenha ido em que tenha uma predominância de produtos nacionais. Tudo, absolutamente, em alguma parte do processo, passou pela china com sua mão de obra barata. e não parece que alguém se importe.
E aí no fim das contas não chego à uma conclusão clara. Tudo é funcional, pacífico e civilizado, mas sem viço e energia.

Impressões: Roma;

O idioma é lindo, parece cantado.
Os nativos não são acolhedores nível Brasil, mas são bem gentis. Respondem o que pergunto sempre sorrindo.
Falam alto, sorriem e balançam a mão falando porca miséria, como na tv! 
São mais charmosos do que bonitos. As mulheres então são todas padrão Ana Paula Arósio! Pele lisa, olhos claros, cabelos e seios fartos!
Os homens realmente olham pras passantes, já ganhei alguns olhares, mais alguns elogios, um cara que se intitulou brinde italiano pra mim e duas propostas de casamento.
Não se vê negros em canto nenhum.  
A cidade é tão suja quanto o Rio, quase mais.
O trânsito é sem pé nem cabeça! Os carros velhos e sujos. Tem mais carros do que vagas, daí os carros param meio tortos, numa vaga que não cabe o carro e ele fica com o bico na calçada e a bunda na rua.
À princípio achei incrivelmente sem graça. Mas então comecei a andar, e então vi brotar entre as casas museus, praças, igrejas e sítios arqueológicos com as ruínas de um império! É incrível ver tudo o que construíram. Com a parca tecnologia, muita criatividade e às custas de muita mão de obra escrava.
Em cada lugar que se chega as obras de arte te encaram de todos os lados. Eles foram realmente grandiosos. 

Impressões: Paris

A cidade é linda. Realmente exuberante.

Os franceses não são simpáticos, mas tão pouco são grosseiros. São super educados. Na verdade até agora todos foram amáveis. Principalmente porque falamos com eles em francês. 
A moça do hotel, Maria é uma pessoa suuuuuuper solicita e divertida. Nos explicou tudo sobre ônibus, metrô e pontos turísticos.

O humor francês é bem sutil. Mas até agora eles foram os que mais se aproximara de pessoas bem humoradas aqui na Europa.
A água tem um gosto horrível. O vento é muito frio.
As flores são bizarramente enormes e cheirosas. E estão por toda parte. É um espetáculo da natureza.
Meu cabelo ama Paris. Ele ficou lindo e brilhante, mas meus cachos se foram.
Tudo aqui é caro! Comida, passeios e bugigangas.
As mulheres são tão lindas e femininas; os homens também. Todos se produzem.
Só vi gente bonita; não sei se são nativos ou estrangeiros, mas são absolutamente lindos.
Tem muitos brancos e muitos negros, mas nenhum moreno! Não se misturam.
Toda vez que entro numa igreja e vejo o quanto é linda e grandiosa só consigo pensar em todos os plebeus e pobres coitados que trabalharam nela em troca de comida e que depois de pronta não puderam entrar. E quantos mais viveram na miséria pra adornar cada rococó com ouro e pedras. Da ultima vez que chequei 20% do ouro do mundo esta decorando a frança.
Vale a pena andar olhando pra cima. Em cada cumieira e topo de poste tem mais uma obra de arte.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Impressões: Madrid;

Passei todo tempo aqui alternando entre suportar e detestar os nativos. A maioria é bem grossa e mal educada.
Os lugares são lindos. Tem praças bem jardinadas, fontes exuberantes e faixadas lindas e bem trabalhadas por todo lugar. 
As pessoas não são bonitas de rosto. As mulheres usam shorts que fazem jus ao nome, metade da bunda de fora, e muitos kropets mostrando as barrigas pra todo lado. O povo é alto, barbudo e sem curvas nenhuma. Mas também não se vê gordos e nem celulites.
As pessoas não tem medo de desfilar usando tudo o que tem vontade. Rendas, indianas, dreads, tatuagens, cabelo de todas as cores, vestidos de babados, chapéus, tiaras, tudo tá valendo!
Cachorros e mais cachorros! Todos parecendo um tapete velho.
Muito seco, muito quente.
O trânsito aqui é menos rápido e ouve-se buzinas com mais frequência.
O nariz continua a sangrar.
Os palácios são lindo e me fazem pensar como foi bom nascer nessa época. A vida da plebe em 1715 era bem pior que a de 2015 Jardins, bosques, praças, fontes e palácios. Uma expledida cidade. Muito turista por todos os lados.
Easyjet é uma grande bosta. A empresa age de má fé e os funcionários são antipáticos. 

Impressões: Barcelona;

São feios. Grosseiros e mal-educados. São o contrário de prestativos. Secos e sem graça.
A cidade é bem projetada, casa com arquitetura medieval, moderna e contemporânea. Têm coisas bonitas para se ver. Mas particularmente não curti.
Totalmente accessível, pessoas com dificuldade de deslocamento têm mais facilidade por aqui. O guia não tem muito o que falar. Só Gaudí pra cá e Miró pra lá. Tirando isso, fala-se bem pouco de Colombo e acabou. As fontes mágicas são realmente bonitas.
Eles não tem uma fonte de renda expressiva, o bruto vem do turismo, em cada fissura na calçada tem um hotel, hostel ou bar; precisam do turismo pra fazer a economia girar, mas mesmo assim a nítida e clara impressão é que eles detestam o turista.
Diversidade total. Dreads, cabelos azuis, roxos, rapados, undercuts. Todo tipo de roupa, maquiagem e cabelo em todo tipo de gente. Sem preconceitos, pelo menos nenhum julgamento visível nos rostos dos passantes. Bom ver o povo se respeitando e todos livres para se expressarem e se comportarem conforme desejam.
Viados em bando e em parelhas. Eu teria medo de ser solteira aqui! As chances de arranjar um namorado seriam mínimas, levando  conta que 40% da população é gay.
Existe vida noturna. Bares e restaurantes.
As mulheres andam agarradas às suas bolsas. Em todos os lugares apregoa-se o cuidado com os batedores de carteira. em todo os lugares fomos avisados pra termos cuidado.
A viagem de trem e ótima. Confortabilíssima, agradável e com lindas vistas. Não tem muitas montanhas.
Muito espaço vazio. Muitos campos secos.

Impressões: Lisboa;

Então, cheguei em Portugal.
Lisboa é linda. Parece outro mundo. Tudo é limpo, não se acha lixo na rua. Rios e praias não têm um papel de bala boiando. Todos os telhados são cor de terracota, visto de cima fica bem bonito. As fachadas dos prédios e casas são muito bem preservadas.
Doces são divinos. No supermercado têm tudo e mais um pouco. E é estranho ver tudo custando 1,pouco€!
As pessoas são educadas, mas não receptivas e calorosas, muito pelo contrário, são secas e distantes. Nem reconhecem senso de humor. São muito civilizados.
São lindos, 90% deles. São altos! Quase todos os homens usam barba.
Não vi 5 gordos em 5 dias. Todos elegantes e finos. Alguns literalmente finos. Sem uma curva. As velhinhas bicentenárias saem de cabelos pintados, a maioria de vermelho, maquiadas e elegantes. Não importa com o quê, os mais jovens usam tênis.
Todos estão sempre sozinhos. Não se escuta conversa nos ônibus. Não tem criança em parte alguma! Só velhos.
Tem muito gringo por todos os lados. Nunca vi tanto ruivo no mesmo dia. Na verdade nunca tinha visto tanto ruivo na vida.
Não vi, assaltos, trombadinhas, moradores de rua, nem nada parecido. Aqui tudo soa muito pacífico. 
Tem muito espaço vazio, ainda não vi um lugar super-lotado. A não ser, é claro, pontos turísticos cheios de turistas.
O mundo fuma demais aqui!
Tudo tem história. O velho continente faz jus ao nome. Faz o Brasil parecer um bebê. Um parece o filhotinho mal-criado do outro.
Haja a ladeira... Minhas panturrilhas ainda não se acostumaram. Meus lábios racharam, meu nariz sangra e minha pele está seca.
O vinho é bom mesmo. E barato. Adoro poder beber água da torneira.
Vou pra qualquer lugar em vinte minutos; não que seja tudo perto, não é, mas não tem trânsito! As estradas são fenomenais. E também não tem buracos nas pistas. Me deu até vontade de dirigir. Só tem sinal nos grandes centros, no resto é só você atravessar na faixa que os carros param. Não vi um guarda de trânsito. Todo mundo aqui corre muito; 80km/h é a velocidade do lerdo. Ninguém buzina. São muito corteses no transito. 
Tem parques, jardins, bosques e áreas verdes em todo canto, não se caminha 10m sem achar um bosque. Escoteiros devem ser felizes aqui. Orientastes também. Sei que têm muito dos dois tipos aqui. 
Não tem camelôs aqui. No máximo umas ciganas vendendo lenços e pseudo-pandoras.
Na praia venta muito e a água é estupidamente fria.

Expectativas de viagem.

Todos esperam tantas coisas grandes de uma viagem pra zoropa.
Eu quero ver estúdios de Pilates, grupos escoteiros, praias e trilhas. Conhecer os hábitos e comportamentos dos nativos.
Claro, também estou interessada em pontos turísticos mais clichês; tipo castelos ou o Louvre.
Mas não faço questão nenhuma de comidas e compras, como a maioria. Fala-se tão bem do velho continente, tenho tão poucas expectativas. Sou tão apaixonada pelo Brasil que acho difícil curtir tanto como os demais. Muitos amigos falaram pra eu me mudar e trabalhar por lá.
Acho pouco provável eu cogitar essa hipótese.