Não lembro como e nem porque
voltei. Acho que foi o Estevão. Sei que um dia eu estava caminhando na praia e
acabei numa reunião do grupo na praia de Charitas.
Assim
que voltei fui a um acampagesfa, meu acampamento de volta! Os acampagesfas tem
um significado muito grande pra mim. Sei que fiz vigília com Estevão e acabamos
conversando a noite toda e no dia seguinte eu e Aimee cantamos sobre um mamute
virando merda até anoitecer. Lembro-me do Ravi brigando com outro menino e tia Marcinha
desesperada pra apartar. De uma lobinha muito pequena e magricela que eu
carreguei no colo o tempo todo e depois de anos identifiquei como sendo a Marcela
que virou minha guia e um lobinho teimoso que ficou fazendo uma balsa durante
os três dias, que era o Marcinho, que também virou meu sênior agora. Do Douglas
e eu sentados no meio do jogo noturno olhando o céu e reclamando de jogos
noturnos.
Voltei
e me senti de novo tão feliz que escrevi num caderno que nunca mais sairia do GESFA
e comecei a planejar minha progressão pessoal. Álvaro era meu chefe, depois Léo,
e Evelyn, Very e Gledson, foram muitos que passaram. Na tropa eu tive 5.000
colegas diferentes, nenhum por muito tempo, mas todos muito bem quistos (menos
o Augusto que era uma mala), Vivian, Viviane, Fernando, Ravi, Jessica, Alice, Estevão,
Aimeé, Paola, Mauricio, Augusto, Gleiton, Loany...
Fomos
da Arpoador e depois reabrimos a patrulha Karuah, só feminina. Tenho até hj a
bandeirola que fiz com Aimeé e Jessica.
Lembro-me
do grande jogo da região dos lagos que fomos. Estevão sabe-tudo, Aimeé
companheira, Jessica sinistrona, foi uma das minhas atividades mais legais do
ramo. Lembro-me de uma garrafa de coca-cola compartilhada no fim do torneio
sentadas no meio fio, de um chefe gato que eu fiquei babando junto com a Evelyn
(que no caso com ela era recíproco!) e de uma luta de bastão memorável com
alguém do 15, Diniz, se não me engano, da noite que eu queria ficar de conversa
fiada com alguns garotos e o Very deu um piti, e de como tudo terminou na manhã
seguinte com pão com mortadela na padaria.
Também
ficou o torneio de pioneiria de São Gonçalo. Céeeus! O chão era uma bosta, nada
entrava, Maurício tava passando mal não fez nada, Augusto tava pegando Paola,
também não fez nada e no fim das contas eu e Aimeé ficamos a noite inteira
fazendo amarra, até aparecerem uns pioneiros bem intencionados pra nos ajudar! Como
esquecer o Bráulio e do meu grande dom de constranger todos com perguntas
infelizes? E de como foi frustrante não conseguir fazer nada e como Álvaro e Mônica
foram conversar conosco depois que eu estava seca de tanto chorar.
E a última atividade como guia. Um ELO no
forte Imbui. Eu estava de braço engessado. (na verdade todo meu ultimo ano como
guia eu estava de braço engessado!) Eu era a monitora, Alice minha sub, até
hoje tenho certa pena de ter mandado ela lavar o banheiro do acampamento,
lembro de uma das Vivis quase decepando o dedo. Acho que fomos a patrulha mais
adulada do acampamento por conta das pernas da Alice! Pra esse acampamento Álvaro
achou um rolo de 5kg de sisal, usávamos também de banco! Até hoje procuro por
um assim. De noite, depois do jogo noturno fui com o clã pro luau, me lembro da
Mônica beijando alguém, da Dani conversando comigo eternamente e por fim eu também
acabei beijando um menino (e isso não é um exemplo pra ninguém, mas acontece). Mesmo assim o escoteiro sempre foi um lugar que eu não estraguei com minhas decisões erradas sobre meninos.
Acho
que nessa época ganhava mais comentários e olhares de chefes do que depois que
virei chefe! Foi também na tropa sênior que começamos a interagir mais com outros grupos, tipo 15, 21. E tenho até hoje amigos muito queridos dessa época, tipo Dedé e Tamara!
Ainda estudava no Pedro II, então faltava ou pegava reuniões pela metade, mas tentava sempre ir. Foi um ramo maravilhoso, mas não foi pleno.
Ainda estudava no Pedro II, então faltava ou pegava reuniões pela metade, mas tentava sempre ir. Foi um ramo maravilhoso, mas não foi pleno.
Gostava
muito de conversar com Álvaro e com Evelyn. Nunca ganhamos nenhum torneio, mas
foi realmente bom. Tínhamos um blog! Como meu irmão sempre falou, eu sou
estranha, por isso nunca interagi bem em outro lugares, mas no grupo sempre foi
fácil. Ramo sênior é um ramo de desafios, pra mim o desafio sempre foi superar os meus limites, principalmente os sociais e de auto-confiança.
Então
a tropa ficou pequena, e só sobramos eu, Loany e Aimeé. E quando fizemos 18
reabrimos o clã aba tupã. Nas fotos: Costão e rapel no bananal em Itacoatiara 2006, acho, acampagesfa em Itaboraí em 2007 e um rio em Lumiar também em 2007.
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