De novo, como na alcateia, eu
tinha a sensação de estar vivendo um ramo plenamente. Tinha certa paz e
felicidade nas atividades desse ramo. Amei, viajei, sorri, fui feliz e me senti amada, parte de uma família linda. Escutar o hino do clã sempre me emociona. Apesar de não comentar isso muitas vezes é, de longe, o melhor ramo que vivi como jovem.

Como
agentes do nosso próprio programa éramos uma bosta. Nunca fizemos grandes
projetos de serviço. Mas enquanto participantes sempre refletimos e absorvemos
a moral de toda estória. Sei que aprendemos e crescemos muito como cidadãos.
Fizemos
coisas boas, tipo o festival da clãção, fomos a algumas vigílias, fizemos o
cp; Pela primeira vez fui a uma atividade nacional (o que é uma experiência pela qual todos devem passar). Fizemos o dia de escoteiro, que num ano particularmente bom deu super certo e trouxe pro grupo
alguns jovens mais do que especiais, o que me deixa muito feliz pra dizer que agora eles são tão importantes e brilhantes no grupo porque um dia nós fizemos essa atividade!
A
primeira festa junina do GESFA, que me orgulho muito de dizer que se hoje ela é
tradição foi porque eu e meu clã de pioneiras fizemos a primeira e por muito
tempo tive um carinho enorme por esse evento.

Duas
viagens são lindamente coloridas nas minhas recordações. Uma viagem pra
Itatiaia que foi a melhor confraternização com amigos que já vi no GESFA ou em
qualquer outro lugar. Todos juntos, com famílias, jogos, contato com a
natureza, brincadeiras e um clima fraterno realmente como se fossemos uma
família.
E
uma viagem só do clã pro Garrafão com a Neruska. Passeios, trilhas, cachoeiras,
cachorro, cavalo, fogão a lenha, frio, vigília, conversas, reflexões, eu
descobrindo que David cansado dorme igual a uma pedra... Falando assim não teve
nada de especial, mas foi, e muito.
Nunca
foi servir o meu lema e meu foco nas atividades do clã e em coisa alguma. Eu
amei verdadeiramente estar no meio de amigos. Poder conversar, ter alguém pra
me fazer refletir. Não sei se da forma como o ramo se propõe, mas foi um lugar
magicamente feliz onde tive um crescimento pessoal considerável. Onde comecei a
acreditar em mim mesma pela primeira vez. Simplesmente porque uma pessoa que
admiro muito acreditava em mim e me dizia que eu era boa e capaz. Na verdade
não sei se eu conseguiria ajudar alguém ou servir; Mas considerando que eu usei
meu tempo no clã pra crescer e fortalecer meu espírito, hoje posso dizer que
cumpro o lema e sirvo, ainda de forma retardatária o objetivo se cumpriu.
Tivemos
depois de algum tempo alguns outros integrantes, tipo Estevão, Vitu, Will, Dimitri,
Anne. Todos são queridos e importantes na minha vida até hoje, mas pra mim
sempre foi um clã de pioneirAs.
Quando
ia partir do clã e tive medo de não ter mais meu clã como meus amigos; mas isso
não aconteceu exatamente, sempre pude contar com conselhos e companhia, só não
mais com a mesma frequência e intensidade. E isso doeu um pouquinho.
E
de repente fomos a um acampamento com o 35ºGE em Petrópolis e ali passei do clã
pra chefia da tropa sênior. O ramo mais inusitado, mas que simplesmente me
aceitou e me acolheu. Tentei ao máximo deixar meus mestres orgulhosos de terem
me escolhido como chefe. E em meia atividade eu já estava imensamente,
irremediavelmente e evidentemente apaixonada por cada um deles. (E são 3:32, chove e eu choro, porque eu devo ter sérios problemas com meus ductos...)
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