quarta-feira, 13 de maio de 2015

Mais uma lista. Dessa vez sobre coisas lindas e aterradoras.

           
Tempestades. Adoro ver a chuva torrencial lavando tudo, lavando as árvores e as almas, o dia e os prédios. Adoro ver o clarão dos raios, sentir o barulho vibrar no chão e no fundo do peito, autistar contando segundos entre a luz e o barulho.
Amor. Um grande amor manda a lógica ir passear. Preenche de tal forma os espaços na nossa vida, no nosso cotidiano, no nosso coração que não sobra nem um espacinho pra dúvida, pra tristeza, pra insegurança.
Maremotos; Tormenta; Mar revolto; Lindo de se ver, o barulho das ondas é impressionante, ver o quanto o mar tão lindo e acalentador de um dia e se transformar num turbilhão poderoso e destrutivo no outro. o jeito como o céu fecha, as ondas se armam, os ventos se esgoelam, parece que realmente existem deuses morando no oceano e no firmamento, e que eles não estão felizes.
Amor Platônico. É lindo, o alvo do nosso platonismo é sempre perfeito. Mas é atemorizante a ideia de chegar perto, conversar, e deixar, em algum momento transparecer tudo o que se passa por trás das palavras (não só das ditas). E, se por ventura, um beijo acontecer, aí então que todas as esperanças e expectativas se embaraçam e brincam de ginástica olímpica dentro do seu estômago.
Tatuagem. Cheia de significados, é linda, bela e diz o quanto a pessoa tem coragem (nem sempre consciente ou inteligente); mas faze-la é um auto flagelo, e é permanente, vai estar pra sempre presa a você te fazendo lembrar mil coisas, ela não vai se transformar junto com você ou mudar de lugar junto com sua pele, e mesmo assim não perde o encanto e o charme.
Família. Ter uma é, indiscutivelmente, bom; mas também dá trabalho e demanda tempo, vontade, paciência, empenho e muito amor. Participar de uma já e difícil. Criar uma então?! Deve ser muito punk. Ser responsável por um filho!
Grandes mudanças. Como num desenho animado (que é a forma básica de funcionamento da minha mente) vejo expectativas, planos e esperanças duelando com medos e inseguranças. Todos conjecturando em torno de mudanças expressivas. E ali no meio você está, ciente da responsabilidade e tomar suas decisões, certas ou não. E então, mesmo cheio de medo você avança, porque é assim que a vida é.
Liberdade é outro dos itens que admiro muito à distância, que me fascina e me amedronta.
E sabe qual o item que dá a coesão ao texto? A sensação de ser uma parte pequena dentro dessas coisas. São todas lindas, poderosas, atraentes e perigosas. Coisas que não controlamos plenamente. Apesar das consequências você quer entrar no meio do turbilhão de emoções e sentir o mundo vibrar. E mesmo sabendo o quanto pode dar errado a vontade é tamanha que nem consegui explicar!

3 comentários:

Tatiana Maria disse...

Morro de medo de tempestade. Na verdade de tudo que não me sinto passível de controlar.

Você falou sobre família... dia desses eu fiquei mega para baixo quando pensei que é bem possível que não tenha filhos. Tempos atrás não conseguia pensar na possibilidade de ter filhos, hoje com as crianças que me rodeiam, tive a certeza que gostaria de ser mãe um dia. Mas, como o amor não vem, não tem saído do platonismo nos últimos tempos, me deu a sensação de que talvez não seja agraciada com o Eros e o Philos.

Raíssa Bernardes disse...

Tati, o amor chega na hora que tiver que chegar. E se não vier, adotar é uma ótima opção.

Tatiana Maria disse...

Já adotei! Queria oficializar a adoção, mas ainda não é possível.