terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Diário de bordo.

4º dia, 29-12-09

Todo dia aqui sempre na mesa do café da manhã tem uma dupla diferente de tio e primo ou alguma dessas combinações pra ficar de frosô conversando e falando abobrinha, uma das partes mais legais.
Descobri que esse meu dom nato para piadas infames é genético, todos aqui tem o gene. Adorei.
Descobri também que todos são carinhosos, unidos e adoram se zoar mutuamente.
Fomos para margem do Madeira olhar e tirar fotos e na volta paramos pra beber suco de cupuaçu e de cajá e comer pasteis no 19, um bar de beira de estrada.

Diário de bordo.

3º dia, 28-12-09

Chove, chove, chove, nada a fazer.
Lava roupa.
Recorre a prima que mora ali pertinho.
\o/
Fazer unhas, ver filmes e comer queijo com suco de cupuaçu!
E pra terminar o dia bem ir à lan descarregar as fotos.

Diário de bordo.

Domingo dia 27-12-09, 08:ooh da madrugada.

Aniversário de 13 anos do Bruno.
Arruma todas as tralhas nos carros, arruma as crianças nos carros, e alguém esquece algo, volta, a tralha não ficou bem presa, para e concerta.
Estrada.
chegamos, os primos de 9 e 13 anos buscaram, selaram e montaram nos cavalos. Caraca, um pirralho pega e arruma os cavalos e eu aqui me cagando de medo de subir numa égua velha?!!!! Não rola de pagar esse mico na frente da familia toda.
Ok, fui, não me arrisquei a cavalgar de fato, só andei uma meia horinha ali, de vagar...os outros aí do rio é que não precisam saber disso!!!! =P
Os mais velhos trataram de montar o churrasco, as cervejas e as frutas. Um dos tios bons de nado entrou no rio com uma corda e fez um trançado para que as pessoas se segurassem.
Foi tudo o que precisou, fomos todos, em pequenas parcelas tomar banho de rio, pular no rio da árvore \o/.
Uma prima quase se afoga, 10 primos vão salvar, aí mesmo que quase afogam a dita cuja.
Os primos e tios já mais pra lá do que pra cá, voltamos pra casa no entardecer e lá ficamos eles bebendo, todos comendo e dançando até dar a hora de voltar pra casa e cair morto na cama.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Diário de Bordo.

Casa

Malas prontas, últimos ajustes sendo feitos;
Deveria levar o tênis???? Claro!
Pega o tênis, meias, mais um salto alto pra garantir.
Liga pro namorado, fala, fala, fala, choraminga, fala, fala, choraminga, fala, saudades.
Ok. Tá na hora. Malas no carro, beijos, abraços, choraminga, saudades. Cabeça pra fora do carro acenando tchau. Dobra a esquina, saudades.
Ok,ok, se recompõe, tenha fé, será divertido.
Óculos escuros, veste o personagem marrento, afinal de contas aeroporto=glamour, elegância e prepotência.

Aeroporto Rio

Chega ao aeroporto, vê vitrine, liga pra mamãe, saudades.
Cheki-in – Ai caramba!!!! A mala tem uma tonelada! *reza* Ufa...42Kg (o máximo era 46).


Avião Para Brasília

Avião=Frenesi. *Queria a mamãe aqui, ela conseguiria mais amendoins pra mim!*
Começa a andar: Oba! \o/
Pára de andar: Aaaaa. Trânsito de aviões na pista /o/
20 minutos depois volta a andar: Oba! \o/
Decola, sobe, sobe, sobe, ouvido estala, sobe, uhuuul, mó viajem esse barato de decolar, dá uma onda.
“Olha, tem raios na nuvem em que estamos, uau...quantos raios!” =O
“Não minha filha, é a luz do avião que refrata nas gotículas d`água que formam as nuvens e gera esse efeito de luzes”. *droga, raios são bem mais legais :( *
Momento crítico: Lanchinho.
Hot Cracker, suquinho e balinhas.
Onde foram parar os amendoins e barras de cereal??? Vôo sem amendoim não é vôo *frustração, pelo menos tem o copo legal com gelo*.
*Falta muito, quero fazer xixi*.


Aeroporto Brasília

*Baralhooooo, vou explodir*.
Corre pro banheiro, digo, caminha suavemente com o semblante blasê, nesses lugares elegância é tudo.
Fila.
Mais tragédia! Deus e essa mania de fazer as mulheres sangrarem e sofrerem.
Procura farmácia.


Avião para Porto Velho

Tentei dormir, estava toda desconfortável, foi ruim.

Chegada Porto Velho

Chegamos, por 2 minutos papai ficou decepcionado por não ter ninguém para nos buscar, aí então achamos 2 tios, um primo e uma avó.
Pelo pouco que me lembro não mudou muito.
Ficamos num quarto com ar *\o/*
Largamos tudo, ficamos conversando um pouco até todos irem dormir, daí então fomos nós dois e o tio Auro prum "baile".
O lugar é literalmente na frente de casa, o teto é de palha (incrivel como é feito e como funciona), na porta do banheiro não tem feminino e masculino, tem " Gatos e Gatas" em letras garrafais azuis de 30cm (quase morri com isso).
As pessoas se mexem, se sacodem, se abraçam, mas dançar não dançam. Mas ta valendo também.
Pode-se dizer que fizemos algum sucesso. XD

1º dia, 26-12-09

Antes do anoitecer já havia conhecido, comprimentado e reencontrado 28 parentes e 2 cachorros. Virei atração. Não sei se sou eu ou minhas balas, mas as crianças me adoram.
Passeamos até a beira do rio Madeira, descobri que Porto Velho não tem porto.
De noite fomos eu e mais 3 primas pro shopping ver Avatar(Sim existe shopping aqui, e é grande e bom).
Baralhooow, que filme phoda!!!
Passei o dia com o cell na mão e só foi chegar sms e ligação no cinema, maldito Murphy.
Maldito zaralho de sinais, nada chega na hora.
*servindo de ração de mosquitos*
Resumindo:
Primos bacanas;
Melhor filme de todos os tempos da ultima semana;
Uma graza de mosquitos me devorando;
Banho frio;
Muitas saudades.

Família

Dona Terezinha
1-Ubaldo:
1.1-Neto; 1.2-Lilian;
2-Humberto:
2.1-Matheus; 2.2-Raíssa(eu);
3-Onofre:
3.1-Sheila; 3.2-Cleiton; 3.3-Onofre;
3.2.1-Ratchelle; 3.2.2-Cleiton; 3.2.3-Higor;
4-Gilda:
4.1Marcelo; 4.2-Tarcísio; 4.3-Álvaro; 4.4-Márcia; 4.5-Rogério;
4.1.1-Mateus; 4.1.2-Melissa; 4.2.1-Caio; 4.2.2-David; 4.2.3-Mariana; 4.3.1-Vinicius; 4.5.1-Róger Gabriel
5-Marcus:
5.1-Jovita; 5.2-Janaina;
5.1.1-Jonatan; 5.1.2-Jéssica; 5.2.1-Juliana;
6-Aurea:
6.1-Glabson; 6.2-Glaucia;
6.2.1-Eloá;
7-Urbano:
8-Estanislau:
8.1-Bruno; 8.2-Breno;
9-Auro:

Conteúdo das malas:


Conteúdo das malas:


• Máquina, cabo, pilhas;
• Celulares, fones, carregadores;
• CD’s;
• Papel, caneta, livro, senhas e ID’s anotados;
• Chocolates, balas;
• Guarda-chuva;
• Chapéu;
• Casaco, lenço escoteiro;
• 7 sapatos, havaianas;
• 3 bolsas, 1mochila;
• 14 calcinhas, 7 sutiãs, 2 tops, 2 biquínis;
• 15 shorts, 4 saias;
• 5 vestidos, 4 calças;
• Canga, kafta, espartilho;
• 17 camisas;
• Toalha;
• 2 pijamas, fom;
• Escova e pasta de dentes, absorvente, perfume, hidratante, sabonete, xampu, condicionador, protetor solar, giletes, desodorante, pinça, cotonetes, kit unhas, bandaid e manteiga de cacau;
• 2 sombras, 2 lápis, 2 rimel, blush, batom, brilho e pincéis;
• 8 pares de brinco, 3 aneis, 4 pulseiras e 3 cordões;

domingo, 6 de dezembro de 2009

Resumo:

Vejo-me com mais clareza refletida no côncavo negro da televisão que no cristal metálico do espelho.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

hurt







A morte não é uma falha da ciência médica, mas o último ato da vida.





Se eu morrer. sobrevive a mim com tamanha força
que acordarás as fúrias do pálido e do frio,
de sul a sul, ergue teus olhos indeléveis,
de sol a sol sonha através de tua boca cantante.
Nãoquero que tua risada ou teus passos hesitem.
Não quero que minha herança de alegria morra.
Não me chames. Estou ausente.
Vive em minha ausência como em uma casa.
A ausência é uma casa tão rápida
que dentro passarás pelas parede
e pendurarás quadros no ar.
A ausência é uma casa tão tranparente
que eu, morto, te verei, vivendo,
e se sofreres, meu amor, eu morrerei novamente.





Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.

Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus dias.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais





Um menino caminha e caminhando chega no muro
E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está.
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar,
Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar.
Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá.
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar.
Vamos todos numa linda passarela
De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.





Ê vida voa, vai no tempo, vai
Ah, mas que saudade
Mas eu sei que lá no céu o velho tem vaidade
E orgulho de seu filho ser igual seu pai

Pois me beijaram a boca e me tornei poeta
Mas tão habituado com o adverso
Eu temo se um dia me machuca o verso

E o meu medo maior é o espelho se quebrar





Quando eu morrer,
Não quero choro nem vela,
Quero uma fita amarela
Gravada com o nome dela.
Se existe alma
Se há outra encarnação
Eu queria que a mulata
Sapateasse no meu caixão
Não quero flores
Nem coroa com espinho
Só quero choro de flauta
Violão e cavaquinho
Estou contente,
Consolado por saber
Que as morenas tão formosas
A terra um dia vai comer.
Não tenho herdeiros
Não possuo um só vintém
Eu vivi devendo a todos
Mas não paguei a ninguém
Meus inimigos
Que hoje falam mal de mim,
Vão dizer que nunca viram
Uma pessoa tão boa assim.





Seems like it was yesterday when I saw your face
You told me how proud you were
But I walked away
If only I knew What I know today
Ooh ooh

I would hold you in my arms
I would take the pain away
Thank you for all you've done
Forgive all your mistakes
There's nothing I wouldn't do to hear your voice again
Sometimes I wanna call you
But I know you won't be there

Ooh I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt myself by hurting you

Some days I feel broke inside
But I won't admit
Sometimes I just wanna hide
Cause it's you I miss
And it's so hard to say goodbye
When it comes to this ooh

Would you tell me I was wrong
Would you help me understand
Are you looking down upon me
Are you proud of who I am
There's nothing I wouldn't do to have just one more chance
To look into you eyes
And see you looking back

Ooh I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt myself

Ooh
If I had just one more day
I would tell you how much that I missed you since you've been away
Ooh
It's dangerous
It's so out of line
To try and turn back time

I'm sorry for blaming you
For everything I just couldn't do
And I've hurt myself by hurting you




A morte faz parte da vida, é a última coisa que fazemos. Ela é democrática, vem independente do que façamos ou de quem sejamos. É a única certeza que temos em vida. É natural.
Não deveria ser tão temida. Mas é.
Quando ela vem e pega a todos de surpreza nos deixa abalados, desolados e inconsoláveis. Não tem com evitar. Não há nada que possamos fazer, nada. Nada que se fale aos que ficam é suficiente. Nada diminui a dor.
Não tenho medo da morte, mas tenho muito medo de não ter feito o suficiente por ele em vida.
Não tenho medo de morrer. Sinto muito mais dor em trazer tamanha tristeza aos que gosto.
Tenho medo de ir sem ter falado que amo os me cercam, sem ter terminado o livro que estava lendo, o plano que estava tramando...
Não sinto pelos que vão, isso é inevitável. Sinto pelos que ficam, que terão que conviver com a ausência.
Não tenho medo do lugar pra onde vão, deve ser melhor que esse. Mas tenho medo de deixá-los ir sem antes ter falado um eu te amo, sem ter gasto um minuto com um abraço, um beijo.
Por isso brigas desnecessárias tem que ser evitadas, toda oportunidade que tiver de falar o quanto gosta deve ser aproveitada, todo momento agradável deve ser prolongado, tudo o que tiver de ser feito tem de ser agora, porque quando ela vier, não dá mais pra nada.
O que fica não é físico, são só as lembranças, então quero produzir o máximo possível de boas lembranças junto com os meus, pra quando for a hora eu estar preparada e com a consciência tanqüila de que fiz tudo o que podia.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Boletim informativo. 6

Em geral quando você está realmente feliz consigo mesma atrai coisas boas. Acredito realmente que uma pessoa alegre, de paz com tudo e consigo é capaz de mudar o ambiente em que está para melhor.

Estou animada e feliz.

Afinal, a vida é bela.




Ia fazer um depoimento, mas acabei fazenddo um monte de textos pobres, mas funcionais; Wherever.!

Boletim informativo. 5

E pra completar minha maré de boas vibrações fiz um teste para bolsista e...PASSEI! Mesmo há 5 anos sem dançar nada consegui passar e comecei a auxiliar em turmas de dança, fazer aulas e em breve também apresentações. Estou voltando à minha boa forma, logo logo voltarei a poder falar que sei dançar. Dançar faz parte da minha alma. Sem a dança sinto-me aleijada. Se o mundo dançasse seria mais feliz.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Boletim informativo. 4

É de conhecimento geral que fui e ainda sou escoteira. Sempre pude ter na minha vida pessoas dispostas a passarem para mim os benefícios deste movimento. Agora tenho a minha chance de, de alguma maneira, fazer a minha parte. Estou como assistente de chefia na alcatéia, sou a Lobo Gris. Ou seja: ajudo (às vezes acho que atrapalho) os verdadeiros chefes a cuidar de gnominhos fofos e bagunceiros de 6 a 11 anos.
Crianças são mais um dos motivos que tornam mais feliz a minha vida.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Boletim informativo. 3

Voltei às graças com minhas amigas com quem não falava há algum tempo, isso me fez muito bem. Descobri que ainda sou importante. Fiquei feliz pelo sucesso de algumas delas, pude ajudar outra.

Estou tentando ser mais sociável (influencias de um namorado político em potencial), por hora tem funcionado. Até que não é tão difícil quanto eu pensava...
Tenho obtido bons resultados. E isso é muito gratificante.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Boletim informativo. 2

Na faculdade as matérias estão começando a ficar muito boas! Até psicologia eu tenho! É bizarro, depois que se estuda um pouco a mais sobre algum assunto já acha que sabe tudo e fica avaliando mentalmente as pessoas usando o que aprendeu, to super metida! Ainda bem que é em voz baixa.

Consegui um estágio na faculdade. Estou num projeto sobre Parkinson; Claro que não faço nada sozinha, mas ainda assim, é muito, muito interessante. Passei a ter uma noção maior do quanto posso ser útil. E no final do projeto vou publicar um artigo sobre, isso também é do balaco baco!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Boletim informativo. 1

Falei que mandaria notícias a uma amiga, mas não estou com tempo para escrever algo bononito, então serei forçada a ser entediantemente direta!

Bem, eu estava numa fase chata que até mesmo eu estava de saco cheio comigo. Várias coisas ruins me cercaram, mas passou.

Estou agora numa enorme maré de bons fluidos.



To namorando. Ele não é um Deus grego, não é rico, não é perfeito. Mas me ama, e eu o amo, e é só o que importa. E o mais incrível é que eu o amei desde o momento que parei pra conversar com ele. (((tem uma boca linda que me tira o fôlego e com um fugaz olhar dele me derreto por inteiro)))

(Continua...)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Não sei.


Nascemos com certas certezas que não são muitas e nem claras.
Não tenho certeza do casamento, mas sei quais serão as madrinhas.
Não sei qual o rosto do meu filho, mas sei como vou segurá-lo.
Não sei qual será meu trabalho, mas sei que será algo que ajude as pessoas.
Não tenho certeza de como será minha filha, mas sei o que vou cantar para que ela durma.
Não sei porquê nasci, mas sei pelo que morreria.
Não sei como, mas sei o que vim fazer aqui nessa vida.
Não sei o que signifiquei para os outros, mas sei quais nunca vão sair da memória.
Não sei sempre o porquê, mas sei o que é certo.
Não sei como se desenharão minhas certezas, mas posso senti-las.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

E porque não...

Sorrir?





Mesmo correndo o risco de ser brega,
assumo que estou loucamente feliz.


Sendo assumidamente piegas,
a gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.


E para terminar de forma bem clichê,
eu estou rindo à toa, afinal um dia sem rir é um dia desperdiçado.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Palavras.



Futuro amado,
quero me apaixonar por você.
Hoje meus gestos sussurram, meus olhos gritam e você não escuta.
Quando falo o sentido queima nas entrelinhas não no literal, mas você não percebe.
Meu corpo esbraveja emoções quando danço, mas não é você o meu par.
A cor do esmalte, a roupa, o perfume, a música, cada um escolhido meticulosamente baseado em vontades que vem do nada, mas que refletem diretamente meu humor que você não sabe associar.
Espero o dia em que me traduza através desses sinais.
Você saberá qual roupa pede qual atitude, qual olhar significa encrenca ou qual significa desejo.
Espero o dia em que eu me apaixone e seja correspondida.
Nesse dia palavras não serão necessárias.
Quero descobrir o que significa seu silêncio.
Porque daquele perfume.
Se naquele olhar havia tudo o que eu vi.
Quero me apaixonar.
Quero amar com todos os sentidos.
Te olhar, te provar, te tocar, te sentir, te escutar.
Quero ser lida, interpretada e entendida.
Quero ler, interpretar e entender.
E nesse dia não desperdiçaremos palavras.
Mas por enquanto falo.
E falo com toda calma e paciência até o dia em que for mais preciso.

domingo, 24 de maio de 2009

Fisiologia Sensorial.


Em fisiologia as modalidades do sistema de percepção são seis: visão, audição, paladar, olfato, somestesia (dor, tato, temperatura e propriocepção -reconhecimento espacial do corpo) e equilíbrio.

Os estímulos externos são percebidos por receptores distintos e poucas são as coisas que conseguem ativar todos ao mesmo tempo. Uma comida, por exemplo, se for gostosa, cheirosa, quentinha e bonita ativa quase todos os sentidos, mas não todos.

A única coisa que consegue mexer com toda minha fisiologia sensorial é uma paixão. Sempre amo com todos os sentidos, amo por todos os poros, pelos olhos, boca, nariz e orelhas, meu cérebro pira, tudo funciona e me sinto viva.

Tem quem lembre do outro com uma música, ou um cheiro, ou uma frase. Eu sinto o outro pelo toque, pelo cheiro, aparência, voz, gosto, tudo, tudo me remete ao objeto de desejo.

Cada uma e todas as coisas falam. Um cheiro no cangote; o perfume que inebria; o beijo que tira o fôlego; o abraço que acelera o coração; o cheiro do outro me remete a lembranças; se fecho os olhos é a imagem dele que vejo; quando me distraio é nele que penso; não imagino mais a Raíssa, quando me vejo o meu corpo sempre é continuado pelo dele; quando me toca, meu corpo estremece e perco o foco; a imagem dele me leva longe.

Fatalmente meus sentidos tornam-se mais acurados quando estou apaixonada. Parece que existo melhor quando estou amando. Funciono em melhor rotação.

Quando amo meu corpo inteiro se torna um único órgão receptor e tudo o que vem do outro representa o estímulo necessário pra ser repassado ao encéfalo e interpretado como simples e incondicional amor e desejo.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

HIPERDIA


Querido diário;

Passei o dia ranzinza, irritada, com raiva, remoendo coisas ruins, sendo pequena.
Isso não é comum pra mim. Gosto de ser otimista, animada e ter sempre boa vontade com tudo e todos, mas às vezes me permito ser intragável. Como hoje, por exemplo. Estava com vontade de socar ou quebrar algo com toda minha força ou outro treco, o que viesse primeiro.
Mas até nesses dias atípicos em que fico assim conscientemente acho saídas pra ele, mesmo sem querer.
Usar o blog de diário é uma dessas saídas, principalmente se eu estiver escutando musica de fossa enquanto escrevo. Alias, essa classe é uma das minhas preferidas. Tânia Alves, Maysa, Eliana Printes, Marisa Monte, Mariana Baltar, e uma longa lista.
A outra incrível atenuante de mau-humor é a academia. Essa sim é absurdamente eficaz.

Se pensarmos friamente é algo que na teoria deveria ser ruim:

• Eu pago uma mensalidade que aleija meu parco orçamento: Conta extra a pagar.
• Transpiro como em 485 no verão: Sudorese grupal.
• Sinto dor a cada movimento com aquelas caneleiras infernais e alteres e anilhas e todos os muitos aparelhos de tortura já inventados e alegremente incorporados pelas academias: Micro-lesões em minhas fibras musculares.
• Várias pessoas ficam analisando seu traseiro dentro daquelas calças hiper justas, e digo pessoas, não só homens porque quem mais olha são as mulheres: Ambiente hostil.
• A dita cuja fica a nada mais nada menos que 13 quarteirões da minha casa e o caminho é uma longa rua mal iluminada: Andar 15 minutos.
• Chego da faculdade depois de lidar com um transito dos demônios em pé no ônibus lotado e tenho que sair correndo pra chegar a tempo da aula: Presa e correria.

Mas apesar de todos esses pontos negativos eu simplesmente amo a tal da academia. Posso estar no meu pior dia, como hoje, não importa, levantar peso, fazer jump, ioga, sppining ou qualquer outra das muitas atividades dolorosas de lá no fim do dia me dá uma sensação muito gostosa.

Analisado emocionalmente é algo muito bom:

• Saímos com a sensação de leveza no corpo: Alonga, cansa, relaxa.
• Focamos tanto em corrigir os movimentos e fazer o melhor possível que esquecemos os problemas que fizeram do dia um dia ruim: Ajuda a espairecer, e muito!
• Dá uma sensação de que estamos fazendo algo ativamente, não só reclamar das gordurinhas e suas amigas: Me sinto mais magra a cada dia.(50% ilusão)
• Lá por algum aborto da natureza as pessoas são simpáticas e sociáveis. Conversas desinteressadas e amenas brotam: Faz bem exercitar também minha capacidade de socialização!
• Depois que já me auto-impingi uma canseira durmo bem como uma jaca esparramada: Anti-insônia.
• E em longo prazo todos essas sensações viram efeito: Realmente fico mais rija e magra.
• Libera raiva contida, mesmo que inconscientemente: O que me lembra que eu quero voltar a fazer boxe!

Agora, 02:10 continuo ranzinza, mas num grau mais tênue e posso finalmente fazer (tentar ao menos) meu trabalho de cinesiologia. E tudo graças ao combo academia + música de fossa + ignorar qualquer criatividade e temática interessante e descrever simplesmente meu dia. Que foi realmente um Hiperdia, que não significa sistema de prevenção de diabetes (como eu deveria ter colocado na prova de hoje) e sim um dia daqueles (que foi o que eu coloquei na prova de hoje)!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Traça Feliz.


Como eu li nalgum lugar: um livro fechado é como um amigo ao qual não damos ouvidos.
Adoro ler. Tenho minhas épocas. Algumas vezes leio como uma maníaca compulsiva, às vezes leio devagar, mas sempre to lendo alguma coisa. Principalmente depois que saí da escola; agora que não tenho mais aulas de literatura, não tenho mais história nem nada nem minimamente humano tenho lido com ainda maior freqüência.
As pessoas falam que brasileiro não lê nada, nunca, e falam isso com um tom pejorativo, como se fosse por preguiça ou algo que o valha. Mas pelo amor de Deus! Um bom livro custa 40 pratas! E toda vez que um acaba vem a vontade de ler outro e de onde vai sair mais 40 pratas pro próximo livro? Demora em média uma semana pra acabar um livro, não posso dispor de 160 pilas por mês só pra livros. Mesmo em sebos, livros bons são uns 20 paus. Ainda não posso fazer isso, minha mesada não cobriria os gastos...Infelizmente.
Tenho muita sorte de sempre ter o que ler. E acho que faz muita diferença na minha vida.
Comecei a emprestar alguns livros pra algumas amigas na faculdade e quando uma delas falou que eu quem a fez começar a gostar de ler fiquei realmente feliz e achei injusto com o resto do mundo que não lê porque não pode ou porque ainda não achou o tipo de livro adequado!
Então é com muito orgulho que apresento a biblioteca: “Traça Feliz!” Já que é pra alguém devorarem meus livros, que ao menos sejam pessoas.
Juntei alguns livros que estavam juntando poeira no escoteiro com os meus, com algumas doações de amiguinhas e eis que brota uma biblioteca. Uma parca biblioteca, admito, mas ela há de crescer! Mais amiguinhas podem querer contribuir, a gente sempre se surpreende com a gentileza alheia.
Dei a luz à Traça feliz lá na sede do grupo escoteiro, em Pendotiba onde muitas criancinhas, pré-aborrecentes e adultos vão poder usufruir dos livros ao invés das traças do meu armário.
Não sei se os jovens vão querer pegar livros pra ler, mas ao menos eles estarão lá à disposição.
(Algum dia monto também uma pinacoteca, mas esse projeto ainda vai demorar um bom bocado.)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

segunda-feira, 30 de março de 2009

Ode à frutinha esquisita!



Se eu fosse famosa a ultima fruta que imortalizaria seria a banana ou o abacaxi. O que deu nessa gente pra colocar bananas na cabeça e sair cantando uma ode a ela? Ou sair oferecendo abacaxi aos convidados?
Eu tornaria famoso o alimento de Zeus, o diaspiro ou o vulgarmente conhecido caqui.
Apesar dele ser um produto originalmente asiático, ele é maravilhoso, simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO!
E além de tudo isso é um fruto de boa índole, um fruto de família. É o único que tem filhotes. Tem coisinhas mais firmes que o caqui dentro dele. É uma coisinha que parece uma borrachinha, é gostoso de morder! Como caqui em boa parte por causa dos filhotes.
Sem falar nas vitaminas A, B1, B2 e E, além de cálcio, ferro e proteínas. Tudo isso em 80 calorias.
Tem uma cor legal entre laranja e vermelho, meio esquisita, mas legal. Na verdade a fruta toda é esquisita, parece um tomate descolorado, tem uma textura esquisita e tem filhotes muito estranhos, sem falar na casca cheia de cica. Mas eu não consigo passar por um caqui e não comer!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Acalanto para a dor.




Falaram-me que a dor é inevitável, o sofrimento, opcional.
Então porque estou tão triste? Eu não optei por isso.







Queria poder ignorar, ou hibernar até que tudo pareça um pesadelo, mas não é possível. Algo foi quebrado e nunca será restaurado.
Posso fingir pra todos que já passou, que não significou nada de mais. Mas não pra mim, sofro e não escolhi por isso.
Quero dormir e não sonhar.
Queria que xingar, chutar e gritar resolvessem. Mas não resolvem.
Quando não tem um fim, não acaba. Fica pulsando no fundo, por baixo de tudo.
O fim em si não é o problema. Não ter um fim é um problema.
É como ficar presa num limbo. E não posso me libertar, não das lembranças, da frustração e nem das perguntas. Não do cheiro.







Hoje guardo os poemas que te fiz
Recolho as rimas, as palavras loucas
Os versos amarrotados, amontôo

Hoje desejo o inexprimível
Acariciar o nada, sentir o vazio
Alhear-me de qualquer lamento

Hoje prefiro a imprecisão, o disfarce
Asfixiem os tolos suspiros e murmúrios
Ou qualquer voz que fale de saudade

Hoje embrulho a ilusão, a espera
Engaveto os delírios e quimeras
Lavo-me dos cheiros das promessas

Hoje não me falem de poesia
Emudeçam o sol, vigiem a lua
Silêncio! Minha dor quer apenas dormir...

sábado, 24 de janeiro de 2009

Exdrúxulo.


Tanto meu fotolog quanto meu blog, infelizmente, possuem dois tipos apenas de textos com quais eu os preencho: Textos de nenhuma relevância, abordados de forma palhaça e poética; ou cedo à minha personalidade bipolar e uso meu latifúndio virtual como desabafo de extrema felicidade ou tristeza.
No momento falta-me criatividade pra coisas divertidas do nipe dos meus textos de babaca-jornalismo, então apelo pro ‘querido diário’.
E como minha criatividade não esta chegando nem em níveis mínimos não é possível sequer produzir um texto completo.
Mas o poust será salvo pela presença simples e mágica de palavras que eu adoro!
Por exemplo: “cretino”, se falado no tom certo, é um xingamento que se hiperboliza sozinho! Um cretino bem pronunciado vale mais que 10 idiotas.
Outra muito boa é “fornida”. É uma versão melhorada de gostosa, gostosa é vulgar e ao meu ver incoerente, o fulano que chama uma estranha de gostosa ainda não provou a dita cuja pra afirmar se é ou não! Já fornida... É aquela sujeita cheia, não gorda, toda bem feita e quente, tipo forno mesmo. A palavra sozinha molha a ponta do dedo, encosta nela mesma, sai fumaça e faz tssssss.
Jagunço é outra que se auto-define. Escuto jagunço e dá medo, vejo um cara atarracado, com cara de quem chupou limão e uma peixeira na mão.
Agora também existem aquelas que são legais, mas não se parecem com seu significado, acho que elas são mais tristes, eu queria parecer com o que sou!
Por exemplo: “macambira” parece nome próprio, ela seria a irmã de Macabéia e de Macambúzio. Mas Macambira é uma planta, Macabéia é uma personagem de livro e macambúzio é aquele sujeito acabrunhado. Mas você tem que concordar comigo de que eles seriam uma família deveras feliz!
“Lipídio” também parece nome próprio, e nome de realeza, e não uma gordura xexelenta.
Também tem o “Kaô”, me lembra um pássaro. Se eu fechar os olhos vejo claramente um pássaro de grande envergadura planando longe no céu.
‘Vejam, é um magnífico kaô! – Eu diria.
Oh! Mas eu achava que eles estavam extintos...- Responderiam’
E mais! Os professores tentaram nos ensinar que existe classe de palavra, mas na verdade existe mesmo é palavra de classe. “Lânguida” e “Sílfide” tem classe, são posudas e empertigadas. Agora e “tilanga” e “silfo”? Tilanga é um peixe pequeno e gordo, mas parece um xingamento. E silfo e o masculino de sílfide e enquanto sílfide voa e dança feito uma bailarina silfo parece um peido. “Mamãe, o Toninho bem soltou um silfo – diz Marianinha se rindo com a mão na boca”.